Luiz Carlos,:
Carta Aberta do
Rei Momo às Igrejas.
Gostaria de expressar minha
gratidão por deixarem a cidade
inteiramente entregue ao meu
reinado. Acho que refugiar-se
num retiro foi a melhor coisa
que vocês poderiam fazer
durante o período carnavalesco.
Estou muito à vontade.
Não se preocupem com
as almas perdidas, eu
cuidarei de cada uma delas
pessoalmente,garantindo-lhes
muita folia,seguida de tristeza
sem fim. Confetes sucedidos
de cinzas, fantasias em vez
de vestes de louvor, espírito
abatido em vez de alegria perene.
Eu deveria condecorar vocês!
Seus pastores são meus heróis.
O que seria do carnaval se
vocês continuassem por aqui,
nos importunando, com suas
igrejas abertas para receber
meus súditos? Prefiro vê-las
com as portas fechadas...
assim, pelo menos, tenho a
cidade inteira ao meu dispor.
Desejo que vocês se
divirtam durante o retiro.
Ouço dizer que alguns de
vocês aproveitam para
aprontar as suas...Já até
liberei alguns enviados
especiais para garantir
certa medida de libertinagem lá.
Meninos... comportem-se!
Ou pelo menos, finjam isso.
Às vezes penso que a
diferença entre meus
súditos e eles é que
meus súditos tiram as
máscaras durante o
carnaval, eles não.
Parabenizem seus líderes!
Muitos deles me desdenham,
mas servem ao meu primo
Mamom. Ou vocês nunca
pararam pra pensar que
é mais barato pular carnaval
do que pagar por um
retiro desses?
Ah... já ia me esquecendo.
Agradeço também àqueles
que montaram seus próprios
blocos, segundo eles, com
o propósito de evangelizar
durante a minha festa.
Bobos esses meninos!
Eles têm mais de trezentos
dias do ano para isso, mas
preferem colocar o bloco
na rua justamente quando
ninguém está disposto a ouvi-los.
Muitos deles aproveitam a
boa justificativa pra matar
saudade do mundo...
Tem uns chatos aqui que
insistem em manter a igreja
aberta, e ficam de plantão
para atender aos foliões...
Quem eles pensam que são?
Ousam desafiar o meu reinado?
Eles caminham pelas
avenidas esboçando um
olhar misericordioso e
um sorriso discreto.
Agem como se fossem
agentes secretos de outro
reino invadindo meu domínio.
Preciso tomar cuidado com
esses, pois são perigosos,
subversivos e extremamente
nocivos.
Carta Aberta do
Rei Momo às Igrejas.
Gostaria de expressar minha
gratidão por deixarem a cidade
inteiramente entregue ao meu
reinado. Acho que refugiar-se
num retiro foi a melhor coisa
que vocês poderiam fazer
durante o período carnavalesco.
Estou muito à vontade.
Não se preocupem com
as almas perdidas, eu
cuidarei de cada uma delas
pessoalmente,garantindo-lhes
muita folia,seguida de tristeza
sem fim. Confetes sucedidos
de cinzas, fantasias em vez
de vestes de louvor, espírito
abatido em vez de alegria perene.
Eu deveria condecorar vocês!
Seus pastores são meus heróis.
O que seria do carnaval se
vocês continuassem por aqui,
nos importunando, com suas
igrejas abertas para receber
meus súditos? Prefiro vê-las
com as portas fechadas...
assim, pelo menos, tenho a
cidade inteira ao meu dispor.
Desejo que vocês se
divirtam durante o retiro.
Ouço dizer que alguns de
vocês aproveitam para
aprontar as suas...Já até
liberei alguns enviados
especiais para garantir
certa medida de libertinagem lá.
Meninos... comportem-se!
Ou pelo menos, finjam isso.
Às vezes penso que a
diferença entre meus
súditos e eles é que
meus súditos tiram as
máscaras durante o
carnaval, eles não.
Parabenizem seus líderes!
Muitos deles me desdenham,
mas servem ao meu primo
Mamom. Ou vocês nunca
pararam pra pensar que
é mais barato pular carnaval
do que pagar por um
retiro desses?
Ah... já ia me esquecendo.
Agradeço também àqueles
que montaram seus próprios
blocos, segundo eles, com
o propósito de evangelizar
durante a minha festa.
Bobos esses meninos!
Eles têm mais de trezentos
dias do ano para isso, mas
preferem colocar o bloco
na rua justamente quando
ninguém está disposto a ouvi-los.
Muitos deles aproveitam a
boa justificativa pra matar
saudade do mundo...
Tem uns chatos aqui que
insistem em manter a igreja
aberta, e ficam de plantão
para atender aos foliões...
Quem eles pensam que são?
Ousam desafiar o meu reinado?
Eles caminham pelas
avenidas esboçando um
olhar misericordioso e
um sorriso discreto.
Agem como se fossem
agentes secretos de outro
reino invadindo meu domínio.
Preciso tomar cuidado com
esses, pois são perigosos,
subversivos e extremamente
nocivos.